sábado, 5 de dezembro de 2009

Mestre Gilmar explica o funk dos ritmistas do Império Serrano


Nos versos "Vem que o Império te leva/ Vem recitar poesias e canções/ E nos boulevares e vielas/ Vem ouvir o canto das favelas", uma bossa realizada pela bateria do Império Serrano tem roubado a atenção do público durante os ensaios da escola. Por fazer alusão à batida funk, ela faz todo mundo requebrar como se faz ao som do ritmo criado nos morros cariocas.

Ciente das regras que pontuam o julgamento do quesito e cauteloso quanto a qualquer tipo de penalização que a famosa bossa, equivocadamente, possa gerar, Mestre Gilmar dá importante explicação. O objetivo é provar que parece funk, mas não é.

- A bossa começa com os tamborins. Depois, as caixas entram rufando. Em seguida, fazemos os desenhos com os surdos de 1ª, 2ª e 3ª e, em meio a isso, enfim, acontece o toque de caixa que lembra o funk. Fora esta brincadeira, todos os instrumentos têm informações diferentes, inclusive o agogô. A batida do funk, quando comparamos, é outra, não a que estamos fazendo - declara.

Perfeccionista, Mestre Gilmar e seus ritmistas não poupam esforços para provar o porquê da bateria da verde-e-branca ser chamada de Sinfônica do Samba. A partir este mês, além dos ensaios às segundas e quartas, a rapaziada se reunirá também aos domingos.

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