domingo, 18 de outubro de 2009

Feijoada Imperial: Sem hora pra acabar e com quadra cheia, evento se estende até a madrugada de domingo.






Quadra lotada e muitos convidados na Feijoada Imperial que ontem, em razão da apresentação dos três finalistas da disputa de samba da escola, ontem se estendeu até a madrugada. Marquinhos Sensação, atração especial desta edição do evento, balançou a galera com sucessos como “Preciso desse mel” e “Pra gente se encontrar de novo”. Em seguida, e de surpresa, Arlindo Cruz também subiu ao palco para delírio do
público.

Às 18h, Tia Néia e sua equipe ainda serviam feijoada. Ela deve ter colocado algo a mais no tempero de seu já inigualável feijão, pois os convidados só arredaram o pé da quadra após a exibição da última parceria finalista. Antes, claro, teve Jorginho do Império, Conceição de Almeida, Andréia Caffé e a cantora especial Ana Paula. O grupo Senzala, cuja música “Mundo Colorido” está entre as mais pedidas da FM O Dia, embalou o evento do começo ao fim.

A Feijoada Imperial foi animada também pela bateria que, sob o comando de Mestre Gilmar, fez ecoar o coro: “Império Serrano... é a Sinfônica!”. Após exibição solo, numa noite em que contou com as presenças da rainha Quitéria Chagas e da madrinha Maria Augusta, além de Mestre Átila, ela ditou o ritmo do bailado de Alex Marcelino e Danielle Nascimento, 1º casal de mestre-sala e porta-bandeira, bem como de Charles Eucy e Raphaela Caboclo, 2º casal. A voz oficial da verde-e-branca, Anderson Paz,
acompanhada pelos intérpretes Cremilson Silva, Jovaci, Bira Silva e André Moreno, recordou antológicas obras imperianas.

Às 22h30, compositores nervosos e ansiosos chegavam ao palco. Não valia nada, mas o clima parecia de noite de decisão. Primeiro se apresentou a parceria de Ivan Milanez – ainda ausente, pois continua internado, porém passa bem –, depois a de Arlindo Cruz, nove vezes consagrado na escola, e, por fim, a denominada parceria da Serrinha coordenada por Marcelo Ramos, duas vezes campeão no Império (2005 e 2008).

Mesmo cientes de que o enredo “João das ruas do Rio”, criado por Rosa Magalhães, foi inspirado no livro “A alma encantadora das ruas”, do jornalista que ficou conhecido como João do Rio, nenhuma das parcerias disse ter lido o livro. Segundo as três, a sinopse e as palestras com os carnavalescos foram mais do que suficientes para desenvolver suas obras.

De acordo com Aranha, da parceria de Ivan Milanez (integrante da Velha Guarda Show do Império Serrano), bastaram 15 dias para conclusão do samba em virtude da simplicidade e contemporaneidade do tema. Já para Arlindo Cruz e seus companheiros foram necessários quatro encontros. Usar palavras contidas na sinopse foi algumas das decisões tomadas nas reuniões. A parceria de Marcelo Ramos também foi rápida. Sua obra foi escrita em 10 dias, o que, segundo o compositor, é um tempo bastante razoável para uma parceria experiente como a dele.

Hoje os compositores passaram por nova prova de fogo: cativar os corações da Serrinha, onde se apresentaram durante à tarde, incentivados pela bateria e demais segmentos da verde-e-branca. Amanhã, no entanto, é o grande dia, o Dia D. Que vença o
melhor!

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